Um estudo que avaliou sobreviventes de cancro da infância sugere que as mudanças no tratamento de tumores pediátricos e nos cuidados de acompanhamento ao longo das últimas décadas têm reduzido as mortes provocadas pelos efeitos tardios do tratamento oncológico e aumentado a sobrevivência.
A pesquisa liderada por investigadores do Hospital de Pesquisa Pediátrico St. Jude, nos Estados Unidos, envolveu 34 033 sobreviventes de cancro pediátrico cujos tumores foram diagnosticados e tratados entre 1970 e 1999.
Num artigo publicado no New England Journal of Medicine, os cientistas explicam que todas as crianças e adolescentes avaliados sobreviveram, pelo menos, cinco anos após o diagnóstico e foram considerados sobreviventes a longo prazo.
A análise mostrou que a taxa de mortalidade a 15 anos entre esses sobreviventes diminuiu de forma constante desde 1970, em parte devido a uma redução nas mortes provocadas pelos efeitos tardios dos tratamentos.
O aumento da sobrevivência coincidiu com mudanças introduzidas nos tratamentos e cuidados de acompanhamento. As mudanças incluíram a redução do uso e da dose de radioterapia e quimioterapia no tratamento de alguns tumores como leucemia linfoblástica aguda, linfoma de Hodgkin e tumor de Wilms, um tipo de cancro dos rins.
“Este estudo é o primeiro a mostrar que os sobreviventes mais jovens de épocas de tratamento mais recentes são menos propensos a falecer devido aos efeitos tardios do tratamento e mais propensos a desfrutar de uma vida mais longa”, sublinha Greg Armstrong, primeiro autor do estudo.
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