Movimento cívico apela à construção da nova ala pediátrica no Hospital de São João

Várias personalidades portuguesas juntaram-se para subscrever um abaixo-assinado que exige o início das obras para a nova ala pediátrica do Hospital de São João, no Porto.
O movimento, que conta com as assinaturas de figuras como Sobrinho Simões, Pinto da Costa, Siza Vieira e Maria de Sousa, apela a que o governo desbloqueie as verbas necessárias para a construção da nova ala, ao mesmo tempo que alerta para os riscos e as condições a que aquelas crianças, internadas em contentores feitos para durarem 2 anos, são sujeitas há mais de 10 anos.
“É uma situação inaceitável em termos das crianças, dos pais e dos profissionais. Nós estivemos durante anos a fazer uma equipa muitíssimo boa no Hospital de São João. As crianças foram muitíssimo bem tratadas, e com isso aprendemos muito. E de repente, nós pomos isto em causa. Isto é miserável”, disse o patologista Sobrinho Simões à RTP.
O documento, lançado pela Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto e apresentado publicamente ontem, fala ainda da falta de camas de isolamento e de espaço nas enfermarias, das infiltrações, e dos problemas com o ar condicionado, questões que, segundo os especialistas, potenciam infeções.
Este abaixo assinado, que estará disponível para subscrição na Feira do Livro do Porto e em pelojoaozinho.blogspot.com. exige o recomeço imediato das obras, uma decisão que tem vindo a ser a adiada pelo Governo.
“O que nós reclamamos é uma decisão, com muita urgência, sobre o processo, qualquer que ela seja. Porque não é possível manter-se esta indecisão e este doce marasmo que temos vindo a viver até agora porque isso pode custar caro à saúde das crianças”, afirmou António Oliveira e Silva, Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de São João, à estação pública.
Contatado pela RTP, o Ministério das Finanças disse que estava a analisar os dados enviados, e deu destaque às renovações feitas recentemente noutras áreas da pediatria.
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