Uma nova revisão de estudos da Universidade de York, no Reino Unido, sugere que as diretrizes dietéticas para crianças com cancro devem ser alteradas, para permitir que os pequenos pacientes comam morangos e outros alimentos frescos durante a quimioterapia.
Cancros como a leucemia, que comummente afetam crianças, são frequentemente tratados com quimioterapia intensa. Como o tratamento enfraquece o sistema imunológico, as crianças geralmente são aconselhadas a seguir uma dieta neutropénica, que visa limitar a exposição aos germes transportados por alimentos.
Os morangos sempre foram vistos como particularmente agressivos pelos defensores da dieta devido à sua superfície em que as bactérias se podem esconder; contudo, esta nova pesquisa, que analisou vários estudos sobre a eficácia da dieta neutropénica, descobriu que a esterilização de alimentos não faz diferença nas taxas de infeção e prejudica a qualidade de vida de crianças com cancro.
O autor principal sugere que “as diretrizes dietéticas para pacientes com cancro infantil devem conter conselhos sobre a prevenção de alimentos com alto risco de intoxicação alimentar, bem como diretrizes existentes para mulheres grávidas”.
“A nossa revisão mostra que o apoio à nutrição para crianças com cancro é importante, mas que a dieta neutropénica oferece às crianças menos nutrientes, reduz a sua qualidade de vida, torna a comida insípida e não reduz as infeções”, continuou o especialista.
As recomendações deste estudo fariam, de acordo o artigo publicado na Pediatric Blood and Cancer, uma “pequena, mas importante diferença para a vida de crianças com doença oncológica, permitindo-lhes comer uma dieta mais normal”.
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