Uma investigação publicada na revista Cancer afirma que garantir a monitorização de doentes jovens com sarcoma pós-tratamento com opiáceos é essencial para evitar o uso indevido dos mesmos.
Da autoria de investigadores da Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, o estudo destaca que mais de metade dos adolescentes e jovens norte-americanos com sarcoma são frequentemente receitados opiáceos para gerir a sua dor. Contudo, quase um quarto destes doentes continua a usar opiáceos após a conclusão do tratamento.
Durante a investigação, foram analisados dados de 938 doentes com idades entre os 10 e os 26 anos que não tinham recebido opiáceos anteriormente e que foram diagnosticados com sarcoma.
Do total, 64% dos doentes receberam receitas de opiáceos durante o tratamento. Após a conclusão da terapia do cancro, 23% dos doentes que utilizaram opiáceos durante o tratamento continuaram a utilizar os mesmos.
Os autores da investigação associaram a cobertura por Medicaid, um programa de saúde social nos Estados Unidos, os tumores ósseos e a toma de Lorazepam ao uso persistente de opioides após a conclusão dos tratamentos oncológicos.
O estudo destaca a necessidade de monitorização dos jovens com sarcoma para o uso de opiáceos pós-tratamento, dados os potenciais impactos negativos do uso de opiáceos a longo prazo, incluindo o uso indevido dos mesmos e a sobredosagem.
É necessário criar diretrizes para apoiar a tomada de decisões clínicas para a gestão segura e eficaz da dor, especialmente para adolescentes e jovens adultos com cancro, disseram os investigadores.
Fonte: News Wise