A ressonância magnética juntamente com a inteligência artificial pode detetar sinais precoces de morte de células tumorais em resposta a uma terapia anticancerígena. A descoberta é de cientistas dos Estados Unidos e foi descrita num artigo publicado na revista Nature Biomedical Engineering.
Recentemente, os cientistas que realizaram a investigação explicaram que há um vírus que mata seletivamente células cancerígenas, deixando o tecido normal intacto, o qual tem suscitado esperança no tratamento de tumores cerebrais agressivos.
Contudo, para otimizar esta terapia, deve ser realizada uma monitorização frequente e não invasiva da resposta ao tratamento.
Nesta investigação, foram usadas imagens de ressonância magnética para medir o pH e a concentração de proteínas, que são alteradas com a morte celular, nos tecidos, tendo sido verificado que as respostas ao tratamento eram visíveis apenas 48 horas após a terapia viral, muito antes de serem observadas quaisquer alterações no volume do tumor.
Os cientistas programaram um scanner de ressonância magnética para criar impressões digitais de sinal único para diferentes compostos moleculares e pH celular. Uma rede neuronal de aprendizagem profunda foi também usada para descodificar as impressões digitais e gerar mapas quantitativos de pH e moleculares.
Foi ainda desenvolvido um método para a deteção da morte das células tumorais causada pelo vírus, o que permitiu a deteção precoce e rápida de regiões tumorais que respondem ao tratamento.
O recurso, num futuro próximo, a esta abordagem em doentes humanos com tumores cerebrais poderá ajudar a otimizar estas terapias inovadoras baseadas em vírus, disseram os investigadores.
Fonte: Hospital Geral de Massachusetts