O cancro pediátrico é a causa número um de morte por doença em crianças.
Contudo, e nos Estados Unidos, dos biliões de dólares dos contribuintes que vão para a pesquisa do cancro, apenas 4% do financiamento federal vai para todos os cancros pediátricos, combinados.
Mas uma jovem sobrevivente de leucemia, residente no Texas, está determinada a mudar essa estatística.
Sadie Keller, tem apenas 11 anos, mas entregou-se a uma causa que, segundo a própria, a escolheu. Diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda quando tinha apenas 7 anos, a menina começou há pouco tempo a pintar para conseguir angariar fundos para a causa da oncologia pediátrica.
“Estou a fazer uma pintura de arte fluida”, disse a menina, enquanto mostrava um quadro com um desenho de uma menina com asas de anjo; “este quadro representa uma grande amiga minha que, ao contrário de mim, perdeu a batalha contra o cancro”.
Mas nem todos os quadros serão para vender; pelo menos dois ficarão para a pequena artista. “São tão especiais para mim”, confessou Sadie.
A menina tornou-se conhecida do grande público quando foi convidada pelo atual presidente dos Estados Unidos a comparecer numa cerimónia em que seria assinada a aprovação do Childhood Cancer STAR Act, uma legislação que se destina a promover a pesquisa oncológica pediátrica e os tratamentos de cancro centrados em crianças.
Mas já no início do seu tratamento, a jovem demonstrou vontade de fazer as coisas de forma diferente.
“Eu estava tão assustada e nervosa, não sabia mesmo o que esperar… mas pensei, se eu me estou a sentir desta maneira, de certeza que existem outras crianças a passar pelo menos”; determinada a ajudar, a menina começou a gravar vídeos no iPAD que depois publicava nas suas redes sociais. O seu publico? Outras crianças com cancro infantil.
“Não há nada que nos faça ter leucemia; não é pelo que comemos, pelo que fazemos, respiramos, simplesmente acontece”, diz a criança num dos vídeos, que foram amplamente compartilhados nas redes sociais.
Mas isso foi apenas o começo para esta lutadora, que criou a sua própria fundação, a Fundação Sadie Keller, que todos os anos recolhe brinquedos que serão doados a crianças com cancro que estejam hospitalizadas. Ao longo de 3 anos, já foram recolhidos mais de 100 mil brinquedos.
“Geralmente, quando as pessoas acabam de fazer quimioterapia e ficam curadas, a primeira coisa que querem fazer é esquecer que tiveram cancro. Não querem falar sobre isso, nem sequer fazer alguma coisa em relação a esse assunto, mas eu não! Eu quero que a minha experiência e a minha jornada seja algo que ajude outras crianças”, disse esta pequena guerreira.
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