As características dos melanomas diferem significativamente entre pacientes pediátricos e adolescentes e jovens adultos (AYA). De acordo com um estudo recente, publicado no Journal of the American Academy of Dermatology, registou-se também uma redução na incidência de melanomas cutâneos em pacientes mais jovens, ao longo dos últimos anos.
O estudo, conduzido por Bianca E. Ituarte e colegas da Centro Médico da Universidade de Nebraska (EUA), analisou tendências de incidência e características dos melanomas com base na idade, sexo, raça e etnia. A equipa recorreu a dados do Registo Nacional de Cancro Pediátrico (EUA) entre 1997 e 2020, num estudo retrospetivo abrangente.
Principais descobertas:
- Taxa de incidência: anualmente, por cada milhão de pessoas, foram identificados 1,74 crianças, e 62,05 nos AYA.
- Distribuição por género e etnia: 62,3% dos casos registados ocorreram em pacientes do sexo feminino. Pacientes caucasianos (não hispânicos) representaram 87,5% dos diagnósticos, com taxas de incidência significativamente superiores às de outros grupos é
- Subtipos histológicos: o subtipo mais comum foi o melanoma de disseminação superficial (superficial spreading).
- Localização dos tumores: em crianças, o local mais comum para o melanoma foi a extremidade inferior, enquanto nos AYA foi o tronco. A distribuição da localização primária do tumor variou significativamente com o género, origem e etnia, em ambos os grupos.
Os autores sublinham que, embora o melanoma seja raro nestas faixas etárias, os dados fornecem informações valiosas sobre as taxas de incidência e os padrões de apresentação clínica, permitindo aos médicos compreender melhor os indivíduos que podem estar em risco.
Fonte: Medical Xpress