Médicos nos EUA pedem cautela na definição da palavra cancro

Especialistas norte-americanos alertam para a necessidade de a comunidade médica repensar a definição de cancro, sugerindo que determinados carcinomas menos agressivos não sejam rotulados com a designação “cancro”.
A proposta de investigadores do Instituto Nacional do Cancro nos Estados Unidos tem como finalidade não só evitar alarmismo entre os doentes que sofrem de formas tratáveis de cancro, como reduzir o número de tratamentos desnecessários.
Num recente editorial publicado no Journal of the American Medical Association, estes médicos ressalvam que é importante que apenas as lesões que normalmente são agressivas e podem ser fatais devem ser classificadas como cancro, pois muitas pessoas ouvem apenas a palavra “cancro” quando diagnosticados com carcinomas de crescimento lento, ou que simplesmente não se desenvolvem, as chamadas “lesões indolentes de origem epitelial”, e acabam por ser sujeitos a cirurgias desnecessárias. 
Os especialistas alegam que o excesso de diagnósticos de cancro leva a tratamentos excessivos. 
Otis W. Brawley, diretor médico da Sociedade Americana de Cancro, concorda com o painel, que inclui alguns dos maiores pesquisadores de cancro do país, e sublinha que uma nova classificação da doença é importante para o século 21.
O novo desafio, ressalva, passa por desenvolver uma forma de melhor identificar a multiplicidade de tipos de cancro e distinguir o grau de perigo que representam.
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