Médico do IPO Lisboa premiado por trabalho sobre dor oncológica

O médico Paulo Reis Pina do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa (IPO Lisboa) foi recentemente distinguido com o Prémio Grünenthal/ASTOR por um trabalho da sua autoria que incidia sobre a dor em doentes com cancro ativo, seguidos na consulta de dor daquela unidade de saúde.
Os resultados do estudo, que avaliou 264 pacientes, revelaram que a intensidade da dor numa avaliação inicial dos doentes não está associada a nenhuma caraterística específica, entre questões “individuais (sexo, idade, estado civil, descendência, agregado familiar, cuidador principal, escolaridade, profissão e condição profissional atual); clínicas (comorbilidades, procedimentos de drenagem e ventilação, índice de massa corporal, adição de substâncias, ansiedade e estado depressivo, dependência de terceiros e desempenho, estado cognitivo e situação paliativa documentada); tumorais (localização primária e metástases) e dolorosas (duração de dor antes da primeira consulta, mecanismo e dor episódica)”, salienta o médico.
 
A pesquisa avaliou os doentes durante uma média de 70 dias, tendo por objetivo não só provar que a intensidade da dor numa avaliação inicial “é um fator preditivo da complexidade do tratamento da dor oncológica”, mas também “identificar outros fatores inerentes a características individuais, clínicas, tumorais e dolorosas, que pudessem afetar a expressão da complexidade relacionada com essa avaliação”, explica Paulo Pina.
O balanço deste estudo conclui que a intensidade da dor sentida pelos pacientes está relacionada com características próprias do tratamento da dor especificamente nos doentes com cancro.
O Prémio Grünenthal/ASTOR (Associação para o Desenvolvimento da Terapia da Dor) distingue trabalhos originais em língua portuguesa sobre investigação clínica no âmbito do tratamento da dor.
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