Mais doses de quimioterapia podem beneficiar após falha no tratamento inicial para leucemia

Uma pequena percentagem de crianças diagnosticadas com leucemia linfoblástica aguda responde mal à quimioterapia inicial, designada por terapia de indução, e um novo estudo sugere que pelo menos algumas dessas crianças podem beneficiar se receberem quimioterapia adicional, em vez de um transplante de células-tronco.

Um estudo publicado no New England Journal of Medicine lembra que certos subgrupos de pacientes tendem a responder pior do que outros aos primeiros tratamentos, mas, ao contrário do que seria de esperar, podem apresentar melhor sobrevida a longo prazo apenas com doses adicionais de quimioterapia, em detrimento de um transplante de células-tronco.

Para determinar o tratamento ideal para estes pacientes, os pesquisadores analisaram dados de mais de 44 mil crianças que participaram em ensaios clínicos em todo o mundo. Destas crianças, 1.041 sofriam de um tipo de cancro que respondia mal ao tratamento de indução. A maioria destes pacientes foi sujeito a um transplante de células-tronco, mas alguns receberam apenas a quimioterapia adicional.

As crianças avaliadas tinham idade inferior a 6 anos, apresentavam como precursores da leucemia as células B, em vez de células T, e não tinham outras características de alto risco clínico ou genético.

Mais de 70% das crianças do subgrupo que recebeu quimioterapia adicional, em vez de um transplante de células estaminais, sobreviveram pelo menos 10 anos, valor que representa o dobro da taxa de sobrevivência de todo o grupo de pacientes que não respondem à terapia de indução.

“Este estudo diz-nos que a falha da terapia de indução não deve ser considerada uma indicação automática de que é necessário um transplante de medula óssea”, disse o coautor do estudo do Hospital de Pesquisa Infantil St. Jude.

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