A história de 4 mães unidas pelo cancro infantil

Quando estão todas juntas, quase parece que Christa, Courtney, Katie e Sue falam uma língua só delas.

Mas foi também por esse motivo que estas mulheres se tornaram amigas, por conhecerem os meandros da linguagem do cancro infantil.

A filha de Christa, Jillian, de 5 anos, foi diagnosticada com um neuroblastoma, já Bowen e Lincoln, também com 5 anos, e Austin, com 15, têm leucemia; estes são, respetivamente, os filhos de Courtney, Sue e Katie.

Depois de se conhecerem num grupo de apoio a famílias afetadas pelo cancro infantil no Facebook, estas mães encontraram-se pessoalmente no verão.

“Foi uma conexão instantânea, elas entendem-me e eu entendo-as”, disse Courtney que, naquele instante, sentiu que seria amiga daquele grupo para sempre.

Para estas 4 mulheres, a amizade que as une é agora uma fonte de alívio durante os dias imprevisíveis, em que nem tudo corre bem com o tratamento das crianças.

“Sempre que estamos juntas, eu sinto que tirei um peso de cima. É maravilhoso poder falar de tudo o que se passa connosco com alguém que está a passar pelo mesmo”, comentou Katie.

Entre elas, estas mães trocam conselhos e sugestões honestas sobre questões relacionadas com o cancro dos seus filhos.

“Mas não escondemos nada. Por mais complicado que seja, somos sempre diretas no que toca a estas questões. Não podemos dizer que vai ser fácil, quando sabemos o quão dura é a batalha”, disseram.

Desde que se juntou, este grupo já organizou duas campanhas de doação de sangue, que foram muito bem sucedidas. Na última, que decorreu no início do mês, foram recolhidas mais de 108 unidades de sangue. O sangue recolhido foi posteriormente doado ao Centro de Sangue de Wisconsin.

“Toda a gente ficou surpresa com a recetividade deste evento. Todos os nossos filhos já precisaram de transfusões de sangue, por isso muito bom poder retribuir e dar a outras pessoas”, explicou Christa.

Este grupo de mães quer agora expandir, de forma a poder ajudar mais mães que estejam a passar pelo mesmo processo que elas.

“Saber que o nosso filho tem cancro é muito duro. O saber, o lidar, o adaptar-se, é muito complicado, ainda mais se estivermos sozinhas. Os pais não devem passar por isto sozinhos”.

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