Mãe nos EUA alerta Governo para falta de terapias contra cancro pediátrico

Jacob Froman faleceu com 10 anos de idade, em 2009, vítima de um tipo de cancro cerebral raro e fatal (meduloblastoma), que é actualmente incontrolável devido à escassez de medicamentos capazes de combater as suas células tumorais.
Durante os meses árduos de tratamentos sem sucesso, a mãe de Jacob, Nancy Goodman, descobriu que são muito poucas as farmacêuticas que apostam no desenvolvimento de medicamentos especificamente direccionados para o cancro infantil e outras doenças raras. 
Após a morte de Jacob, Nancy fundou a associação Crianças versus Cancro, na esperança de ajudar jovens que sofrem de doenças para as quais há falta de tratamentos. 
A organização norte-americana visa criar um banco de tecidos de tumores cerebrais pediátricos em prol da investigação nesta área, bem como uma subsecção específica de cancro pediátrico no Instituto Nacional do Cancro (nos Estados Unidos), para financiar pesquisas sobre o cancro infantil e incentivar as empresas farmacêuticas a investirem no desenvolvimento de novos fármacos na área da oncologia pediátrica.
 
A persistência de Nancy levou-a até a um deputado republicado no Texas, o que lhe valeu a avaliação do pressuposto “Creating Hope Act” (A criar um Acto de Esperança) que, se for aprovado, pretende incentivar as empresas farmacêuticas com a aprovação de medicamentos mais lucrativos, em troca da criação de novos fármacos para combater doenças raras na idade pediátrica.
 
Estimativas do Hospital Infantil do Texas referem que, por ano, cerca de 12 mil crianças e adolescentes são diagnosticados com cancro, número que tem sido subestimado ao longo dos anos pelas farmacêuticas, que não vêem o mercado de medicamentos contra o cancro pediátrico como algo lucrativo. 
 
A necessidade de apostar nesta área surge pelo facto de as terapias utilizadas para o tratamento de adultos nem sempre serem adequadas às crianças, podendo mesmo originar outros problemas de saúde ou novos tumores, uma vez que as células das crianças reproduzem-se a um ritmo mais rápido do que as dos adultos. 
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