Apesar das mudanças e avanços nas terapias, a prevalência de má função física permaneceu estável entre crianças sobreviventes de leucemia linfoblástica aguda (LLA) e linfoma não-Hodgkin (LNH), de acordo com um estudo publicado recentemente no Journal of Cancer Survivorship.
A investigadora Carmen L. Wilson, do St. Jude Children’s Research Hospital, nos Estados Unidos, e colegas avaliaram a prevalência de má função física entre sobreviventes de LLA e LNH por época de tratamento. A análise incluiu dados de 6 511 sobreviventes de LLA e LNH na infância e uma coorte composta pelos seus irmãos (4 127), participantes do Estudo de Sobreviventes de Cancro Infantil.
Os cientistas descobriram que os riscos de limitações de desempenho físico e restrições nos cuidados pessoais, atividades rotineiras e a frequência ao trabalho/escola aumentaram nos sobreviventes, em comparação com os irmãos.
Entre as décadas de 1970 e 1990, a prevalência de sobreviventes que relataram função física reduzida não diminuiu. Independentemente da década de tratamento, a presença de condições neurológicas e cardiovasculares foi associada à redução da função física.
“As nossas descobertas apoiam a implementação do rastreio e da monitorização da função física reduzida, para que possam ser iniciadas intervenções precoces para melhorar o desempenho físico e mitigar doenças crónicas entre os sobreviventes de cancro infantil”, escreveram os autores do estudo.
Fonte: Medical Xpress