A farmacêutica dinamarquesa Lundbeck descontinuou em dezembro a produção de uma substância usada no tratamento de um tipo de leucemia infantil, a leucemia linfoide aguda (tipo de tumor que afeta o sangue), decisão que tem lançado o pânico em muitos países, dada aproximação do fim dos stocks.
A administração da Lundbeck tinha anunciado a sua decisão de parar a produção do fármaco Elspar (asparaginase), argumentando com o facto de ter realizado elevados investimentos para garantir a manutenção da produção da sua substância ativa (API), devido às dificuldades em obter um fornecimento constante da mesma.
Na altura, a farmacêutica revelou que a decisão de descontinuar o Elspar foi baseada em dois fatores principais que se prendiam com a existência de outras formas de asparaginase disponíveis no mercado, o que significa que os pacientes continuariam a ter alternativas e, em segundo lugar, com os desafios associados à manutenção de stock da substância ativa a longo prazo.
A Lundbeck sublinha que o Elspar é um produto biológico, pelo que apresenta uma dificuldade já há muito conhecida no que se refere ao seu fabrico, dadas as especificações do produto.
“Mesmo com todos os investimentos, a empresa tem tido dificuldade em obter um fornecimento garantido da API e para isso seria necessário uma especificação adicional do processo de troca, que pode não ser aprovada pelos reguladores de saúde”, sublinharam os responsáveis.
A falta deste medicamento pode ter um impacto significativo em muitos países onde não existem alternativas disponíveis para estes pacientes, como é, por exemplo, o caso do Brasil.
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