Livros ajudam crianças a combater o cancro

Combater o cancro infantil pode ser uma batalha, mas um grupo de crianças norte-americanas percebeu que não tem de ser uma batalha solitária.

Estas crianças estão a escrever livros, não apenas para contar as suas histórias e as dos seus amigos, mas também para angariar dinheiro suficiente para pagar as despesas médicas.

Linkin Eger, de 9 anos, está a ler a Mackenzie Clyde, de 8 anos, o livro que ele escreveu sobre a sua jornada contra o cancro.

“Quando os médicos diagnosticaram a Mackenzie, já o cancro havia metastatizado para várias partes do corpo”, disse a mãe de Mackenzie, Courtney Clyde.

“É uma coisa muito má. Ter que passar pela quimioterapia, as dores…”, conta Linkin, que tinha 2 anos quando foi diagnosticado com cancro.

Há 2 anos atrás, já Linkin tinha 7 anos, o cancro recidivou. Nessa altura, quando o jovem teve de voltar a ser sujeito a quimioterapia, a sua amiga Naudia Greenawalt prontificou-se a ajudá-lo, fosse de que maneira fosse.

“Eu decidi escrever um livro porque queria ajudar o Linkin”, disse Naudia, de 9 anos.

Por outro lado, a “escritora” também queria perceber o que era o cancro infantil, quais os sintomas de Linkin e o que este menino sentia.

“Uma das coisas mais bonitas desta iniciativa é que são as crianças que fazem perguntas às outras crianças. E fazem-no com uma naturalidade que nós adultos nunca conseguiríamos”, conta a mãe de Naudia, Dolores Greenawalt.

“A Naudia perguntou ao Linkin se ele tinha medo de morrer. Virou-se para ele e perguntou ‘tens medo de morrer?’. Eu não sabia onde me enfiar quando ela fez aquela questão, ainda por cima em frente à mãe do Linkin… é como digo, eles fazem questões com uma naturalidade e frontalidade que nós adultos não seriamos capazes”.

O livro de Naudia ajudou a família de Linkin a explicar como é o cancro infantil.

“É uma montanha-russa”, disse Kelly, a mãe de Linkin.

“Há dias em que estamos felizes, em que tudo corre bem. E depois…bem, depois há outros dias em que só queremos chorar, em que tudo corre mal, em que o nosso filho se queixa com dores…é duro”.

“Esta questão dos livros ajudou imenso o Linkin. Nunca poderei agradecer o suficiente à Naudia. Ajudou-o a lidar com a doença de outra forma, e é lindo de ver que ele agora está a ajudar a Mackenzie a lidar com a sua própria doença de uma maneira muito positiva”.

Fonte: TMJ4

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