Livro ajuda crianças a entender o diagnóstico de cancro

“Tens cancro” deve ser das frases mais assustadoras que alguém pode ouvir, ainda mais uma criança.

Por este motivo, Brian Julis, um norte-americano sobrevivente de cancro infantil, criou um livro sonoro que ajuda crianças a lidar com o diagnóstico de cancro.

Segundo o autor, a mensagem deste livro, que será traduzida em várias línguas, é facilmente entendida independentemente do nível de compreensão de leitura da criança.

“A mensagem será vista, lida, ouvida e entendida. Serve para ajudar estas crianças a entender a sua doença e o que estão a enfrentar”, disse.

Entre várias vozes e frases, o livro vai dando conselhos a todos os meninos e meninas que o abrem.

“Vais ficar doente por algum tempo e é normal que te sintas cansado. Mas tens de saber uma coisa, os teus médicos e enfermeiros não te querem magoar. E acredita, eles nunca te vão mentir”, são algumas das frases ditas.

“Conversei com muitos oncologistas ao longo da minha vida, quer por ter tido cancro quer por ter tido que investigar muito para fazer este livro, sobre esta doença que é tão mal compreendida e quase impossível de explicar às crianças”, explicou o autor.

O livro sonoro “Children Coping With Cancer”

“Como sobrevivente de cancro infantil e fundador do programa Speaking Book®, eu senti, em primeira mão, o que é ser diagnosticado, e desde aí que me questiono de que forma é que alguém que recebe um diagnóstico de cancro tem capacidade para enfrentar um golpe destes. E isso é ainda mais complicado para crianças, que são pacientes, na sua maioria, com uma baixa alfabetização e compreensão, devido à idade”

“A situação agrava-se pela ausência de material educativo de saúde adequado para pacientes de cancro infantil, particularmente para aqueles cuja língua materna não é o inglês”, afirmou.

O lançamento deste livro foi possível graças a uma colaboração entre a Pfizer, a World Medical Association e o Rotary Club Hilton Head; a parceria também assegurou a distribuição do livro por mais de 2 500 centros de tratamento de cancro pediátrico norte-americanos.

“Se puder iluminar o dia de apenas uma criança, já terei ganho o meu dia. Muitas vezes não nos lembramos, mas nas alas de oncologia pediátrica espalhadas pelo mundo temos milhares de crianças cercadas por pessoas estranhas, ruídos estranhos, cheiros estranhos”, disse Brian.

“Sinto-me na obrigação de lhes dar algo a que eles se possam agarrar”.

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