Leucemia pode matar em menos de 48 horas

Nas crianças, três em cada mil casos de leucemia são muito agressivos. A doença evolui em poucas horas e as hemorragias que causam são o problema, podendo provocar a morte até 48 horas após os primeiros sintomas. Estes casos são conhecidos como fulminantes devido à sua natureza rápida e devastadora.

A leucemia é um tipo de cancro que ataca as células do sangue. Existem algumas variantes da doença, sendo que, entre as formas agudas, a leucemia pode tornar-se fulminante dependendo do tipo de células que atinge.

A directora do serviço de Pediatria do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Filomena Pereira, ressalva, no entanto, que estes “são casos muito pouco frequentes” motivados por “uma conjugação de factores que é rara”.

Nestes casos, quando surgem os primeiros sinais de alerta já o organismo do doente foi atacado por glóbulos brancos anómalos que se reproduzem rapidamente, potenciando as hemorragias que acabam por culminar na morte dos doentes ao fim de poucas horas.

Filomena Pereira salienta que o prognóstico é geralmente positivo quando os doentes conseguem sobreviver aos primeiros dias, mas alerta que as maiores dificuldades surgem no controlo das hemorragias.

“O cancro na infância é sempre mais raro do que na idade adulta. Entre os cancros que afectam as crianças, as leucemias são as mais frequentes”, lembra, por seu lado, a directora do serviço de Pediatria do Instituto português de Oncologia do Porto, Lucilia Norton, citada pelo Diário de Notícias.

Ainda assim, as estatísticas dão indicadores positivos nesta área, no sentido em que 78% das crianças com cancro sobrevivem. No ano passado, em Portugal, cinco crianças e adolescentes entre os 10 e os 14 anos e outros cinco jovens com menos de 20 anos acabaram por ser vítimas desta doença.

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