Leucemia Pediátrica: terapia de baixa intensidade pode alcançar resultados positivos

Estudos realizados pelo St. Jude Children’s Research Hospital demonstram benefícios na utilização da genómica e da resposta precoce ao tratamento para orientar a classificação de risco de crianças com leucemia linfoblástica aguda de células B.

Nestes estudos da St. Jude Total Therapy, publicados na revista Blood, os investigadores analisaram dois subtipos genéticos e perceberam que doentes com ETV6::RUNX1 e B-ALL hiperdiplóide elevado, que teriam recebido um regime de tratamento de alta intensidade, poderiam completar um regime de baixa intensidade e obter resultados positivos.

Critérios melhorados para a avaliação do risco

“Começámos a incorporar informação genética e critérios de resposta na nossa avaliação de risco. Este sistema de classificação de risco permite-nos identificar os doentes que podem ser tratados com terapias de menor intensidade, assegurando simultaneamente que os que necessitam de um tratamento mais intensivo o recebam”, afirmou o autor do estudo, Hiroto Inaba, do Departamento de Oncologia de St. Jude Children’s Research Hospital.

“Adaptámos a quimioterapia para melhor corresponder às necessidades dos doentes e identificámos com êxito quem poderia beneficiar de uma terapia de baixa intensidade”, explicou Inaba. Os doentes que, de outra forma, teriam sido tratados com uma terapêutica de alto risco sofreram menos efeitos secundários, como trombose e pancreatite. Os resultados sugerem que, utilizando uma classificação de risco orientada pelo genoma e pela resposta precoce ao tratamento, os médicos e os investigadores podem identificar com precisão os doentes que podem vir a beneficiar de um tratamento menos intensivo.

Tratamentos de intensidade reduzida com resultados positivos

“Temos agora provas tangíveis de que a redução da terapia pode ser benéfica para alguns pacientes, o que diminui a toxicidade. O nosso objetivo para todas as crianças com leucemia que entram pela nossa porta é não só curá-las, mas também prolongar as suas vidas durante décadas com o mínimo de efeitos secundários”, afirmou.

Fonte: St. Jude Children’s Research Hospital

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