As lesões cutâneas pediátricas que imitam lesões benignas são frequentemente mais profundas e apresentam um estadio T mais elevado do que melanomas com aparência clinicamente maligna.
As conclusões surgem de um estudo realizado na Clínica Mayo, nos Estados Unidos, publicado na edição de outubro do Journal of American Academy of Dermatology.
A pesquisa liderada por Mario Mitkov fez parte de uma revisão retrospetiva de registos obtidos entre janeiro de 2000 e janeiro de 2015 de crianças e adultos jovens (com idade igual ou inferior a 21 anos) diagnosticados com melanoma cutâneo primário.
Os pesquisadores descobriram que, em comparação com os melanomas com aparência clinicamente maligna, os melanomas pediátricos que imitavam lesões cutâneas benignas eram frequentemente mais profundos e tinham um estadio T mais elevado.
O estudo indica que 66% dos melanomas pediátricos inicialmente diagnosticados como lesões melanocíticas benignas exibiram alterações de tamanho, forma e cor.
“Lesões cutâneas pediátricas de aparência benigna com historial evolutivo, sangramento ou ulceração devem aumentar a suspeita de melanoma”, escrevem os autores.
A equipa reforça ainda que “embora a biópsia de todas as lesões que exibem mudanças em crianças não seja prática, segura ou desejada, é recomendável que estas lesões sejam acompanhadas de perto”.
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