Leah, a guerreira que agora luta pelos outros

A pequena Leah sabe bem o que é ser uma criança e receber um assustador diagnóstico de cancro, e o seu pai, um ex-jogador da NFL chamado Devon Still, também sabe como é ter de encarar esta doença com um sorriso para que a filha não se apercebesse da gravidade da situação.

Leah, já recuperada, e o seu pai, Devon. – DR

Leah, hoje com 8 anos, foi diagnosticada com um neuroblastoma em estágio IV em 2014, quando tinha apenas 4 anos de idade.

Depois de lhe ter sido dada 50% de probabilidade de sobreviver, a menina está já há 3 anos em remissão.
Curada, Leah quer agora ajudar outras crianças a lutar contra esta terrível doença.

“Eu diria que o mais importante é sermos fortes. Não importa o exterior, se o cabelo cai, se a nossa pele fica pálida, o que importa é o que está por dentro. Isso e sentirmos o apoio de todos os nossos amigos, para sabermos que não estamos a lutar sozinhos”, disse a pequena guerreira numa entrevista ao The Today Show.

Durante a sua luta, que no caso de Leah foi tornada pública graças à profissão do seu pai, a menina ajudou a angariar mais de 1 milhão de dólares (cerca de 870 mil euros) para pesquisas sobre o cancro pediátrico, ganhou um Prémio ESPY pela sua coragem e serviu de inspiração para o videoclip da música “Truly Brave”.

Para além disso, a sua luta inspirou o seu pai a escrever um livro, de seu nome Still In The Game, que visa ajudar outras famílias que lidam com o cancro infantil.

Devon era jogador dos Cincinnati Bengals quando Leah foi diagnosticada; o clube apoio o seu jogador do início ao fim, garantindo-lhe alguns benefícios de saúde para que este pudesse pagar os tratamentos da sua filha.

A sua camisola, o número 75, tornou-se um símbolo da luta de Leah, com o clube a doar ao Hospital Infantil de Cincinnati o valor total das vendas deste item.

Uma das coisas que tanto pai como filha aprenderam durante esta jornada é que é bom que se mostrem os sentimentos, em vez de se tentar mascará-los.

Devon e Leah, durante o tratamento. – DR

Ainda assim, a menina disse que nunca chorou à frente do pai.

“Eu não queria que a minha família soubesse o quão triste estava, não os quis fazer sofrer mais, principalmente o meu pai. Por isso tentei sempre não chorar”, conta a menina.

“Esse é provavelmente um dos meus maiores arrependimentos, o de não ter mais vulnerável à frente da Leah. Eu achava que tinha que ser forte o tempo todo, mas não sabia que ela estava a passar pelo mesmo turbilhão de emoções que eu”, recorda Devon.

Fonte: Today Show

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