Julia York, uma jovem natural de Geórgia, nos Estados Unidos, formou-se recentemente e estás prestes a iniciar uma nova etapa na sua vida.
“Vou começar a trabalhar como enfermeira na unidade de hematologia, oncologia e transplante de medula óssea do Children’s of Alabama Hospital”, conta Julia, de 22 anos.
Esta escolha de futuro não é apenas uma coincidência e sim um sonho de criança.
“Fui diagnosticada aos 12 anos com um tumor cerebral. Na altura, deram-me apenas 11 meses de vida. E eu prometi a mim mesma que, se sobrevivesse, ia ajudar outras crianças como eu”.
Felizmente, Julia era muito pequena para entender o que realmente se passava com ela.
“Eu não tinha noção do quão delicada era a minha situação. Os meus pais tentaram poupar-me ao máximo, porque eu era muito nova. Hoje, sei que os médicos lhes explicaram que o meu tipo de cancro era muito agressivo e que a cirurgia não era uma opção devido à localização do tumor. A minha hipótese de sobrevivência era muito pequena”.
Com a cirurgia fora de questão, a única possibilidade de Julia era a radioterapia: no total, a menina foi sujeita a 33 ciclos de radiação.
“Lembro-me de, um dia, no final de mais uma das dezenas de sessões de radioterapia, eu dizer à minha mãe que odiava os médicos. Estava desesperada. Estava cansada. Estava com medo. Lembro-me de sentir que, apesar de rodeada de amor, era uma criança perdida”.
Mas, com o passar dos meses, algo inesperado aconteceu: o tumor de Julia começou a diminuir.
Mais de 10 anos depois, Julia continua a fazer os seus exames cerebrais anuais, todos com o mesmo resultado: não há sinal de cancro.
“Tecnicamente, ainda tenho um tumor no cérebro. Mas, felizmente, é apenas tecido morto”, diz.
Para a mãe de Julia, Holly, ver a filha formar-se em enfermagem é “o completar de um ciclo”.
“É incrível que ela tenha chegado onde chegou. Houve uma altura em que duvidei que a minha filha aguentaria tanto sofrimento. E hoje, aqui está ela. Feliz, saudável e uma mulher maravilhosa”.
Holly acredita que a história de Julia dará esperança a todos os pequenos pacientes que se cruzarem no seu caminho.
“O mais engraçado é que o nome do meio dela é Hope [em português, esperança]. E é isso que a minha filha é, um raio de luz e de esperança na vida de todos aqueles que a conhecem”.
Fonte: Fox