Foi na passada quarta feira que se realizou o Fórum “Cancro Pediátrico”, uma iniciativa que reuniu vários especialistas em oncologia pediátrica, e onde a Fundação Rui Osório de Castro esteve presente.
Numa das várias intervenções feitas ao longo do dia, a diretora do serviço de pediatria do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa denunciou “um dos aspetos mais chocantes em termos de integração na sociedade” de sobreviventes de cancro: o facto de muitos jovens serem penalizados em situações como a compra de casa.
Segundo Filomena Pereira, o que acontece em situações como estas é que “o seguro cobra mais do que a prestação do empréstimo”.
A profissional de saúde também criticou a “relutância dos médicos em ver doentes com cancro no seu local de trabalho”. Muitas vezes, apesar de existirem serviços de saúde mais perto da residência das crianças doentes, alguns profissionais optam por enviar os pacientes para o IPO. “Se têm cancro, é para o IPO”, disse Filomena Pereira.
Mas nem tudo são más noticias: a diretora do serviço de pediatria da instituição considerou o IPO de Lisboa como “o último reduto de qualidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, até porque, neste espaço, as crianças doentes apenas têm de se preocupar com o que é necessário, como “a cor das toucas, as tranças e os adereços”.
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