Jeri, a mulher cuja missão de vida é apoiar a causa da oncologia pediátrica

Quando se trata de lutar para que que haja um maior apoio na luta contra o cancro pediátrico, Jeri Geary é uma verdadeira guerreira.

Esta mulher, de 64 anos, faz tudo o que está ao seu alcance para chamar a atenção para esta terrível doença.

Por isso, não surpreende que, durante o Setembro Dourado – o mês de sensibilização para cancro Infantil, Jeri esteja empenhada em fazer a diferença.

“Não temos que ter um filho com cancro para fazermos alguma coisa. Felizmente eu nunca tive de lidar com a horrível notícia de que o meu filho ou filha tinha cancro. Mas isso muda alguma coisa? É por isso que vou deixar de lutar pelas outras crianças todas? Não!”, afirma Jeri.

“Alguém, em algum lugar, está neste momento a rezar para que o seu filho sobreviva. E eu tento dar o meu melhor para ajudar.”

“É sempre o filho de alguém, neto, sobrinha, sobrinho, afilhado, filho de amigo ou filho do vizinho que ouve cinco palavras que os mudam para sempre: ‘O seu filho tem cancro’. E essas pessoas precisam de nós”.

Felizmente, como referiu, os filhos de Jeri nunca foram diagnosticados com cancro, mas dois deles desenvolveram uma doença autoimune quando eram muito jovens. Isto fez com que esta mãe conhecesse os meandros das alas de pediatria e, nomeadamente, das alas de oncologia pediátrica, uma vez que a doença dos filhos lhes afetou o seu sistema imunitário.

Jeri viu muitas crianças com doença oncológica durante esse período, algo que “deixou uma enorme marca na minha vida. Comecei logo a questionar-me sobre o que poderia fazer para ajudar aquelas crianças e foi ali, naqueles corredores, que encontrei a missão da minha vida”.

Infelizmente, essa mesma missão levou-a a conhecer mais de 400 crianças que morreram de cancro.

“Tinham entre 3 semanas e 17 anos. Eu tive que parar de contar porque era demasiado doloroso. Óbvio, aquelas crianças não são da minha família, os seus pais não são meus amigos, mas eu sinto que tenho de lutar por todos eles”.

Quando questionada sobre o porquê de continuar a ajudar, Jeri é perentória: “Aquelas crianças e as suas famílias precisam de toda a ajuda e apoio que puderem obter nesta batalha”.

“Eu escolhi ser uma aliada desta causa porque os pais precisam de estar ao lado dos filhos. Têm outras coisas em que pensar. E, infelizmente, não existe consciencialização suficiente para esta doença. As pessoas precisam de saber que as crianças também têm cancro e que, muitas vezes, não há recursos suficientes. Não há financiamento para investigações, para novos tratamentos…”

Jeri encontra sempre novas formas de chamar a atenção para esta causa – “já rapei o cabelo três vezes e neste momento as minhas unhas estão pintadas de dourado, como alusão ao mês de setembro. E claro, uso as minhas redes sociais para fazer alertas”.

“Todas as iniciativas que desenvolvo ou às quais adiro, servem para angariar dinheiro – seja para apoiar famílias carenciadas, para financiar investigações, não importa. Quero ajudar”.

Fonte: Star Telegram

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