O Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO do Porto) quer passar a produzir células CAR-T usadas em tratamentos de imunoterapia destinadas a pacientes com cancros que afetam as células do sangue.
Através de parcerias com diversas entidades de investigação e académicas, a IPO do Porto espera conseguir passar a produzir células CAR-T dentro de dois anos, disse Júlio Oliveira, Presidente do Conselho de Administração do IPO do Porto em entrevista à RTP 1.
As células CAR-T são retiradas dos próprios pacientes e depois geneticamente modificadas em laboratório para que possam reconhecer e eliminar as células cancerígenas.
Atualmente, o tratamento com recursos a essas células implica que sejam modificadas fora de Portugal, o que implica custos de mais de 300 mil euros por doente. Com a produção nacional destas células, os custos seriam muito mais baixos.
Em Portugal, já algumas crianças receberam tratamento com este tipo de imunoterapia que se tem revelado promissora na cura de pacientes com cancros que afetam as células sanguíneas e cujo tratamento padrão não se mostra eficaz.
Fonte: RTP 1
