IPO de Lisboa alerta para consumos elevados de medicamentos órfãos

Francisco Ramos, administrador do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa (IPO de Lisboa) alertou para o aproveitamento da legislação que torna alguns medicamentos órfãos de “grande consumo e de custos muito elevados”.
O responsável defendeu também uma maior proteção dos medicamentos órfãos, destinados ao tratamento de doenças raras.
“Parece que há um aproveitamento da regulamentação favorável aos medicamentos órfãos para criar condições para preços muito elevados para medicamentos que se vêm a revelar na prática pouco órfãos, ou seja, de grande consumo e de custos muito elevados”, afirmou Francisco Ramos.
O presidente do concelho de administração do IPO de Lisboa considera que “faz todo o sentido” que haja “uma iniciativa de proteção dos medicamentos órfãos”, para tratamento de doenças raras e “cuja utilização será sempre mais reduzida do que medicamentos para doenças de maior prevalência”.
“Em oncologia, [o encargo com medicamentos é grande e com tendência para crescer], estamos a falar de cerca de um terço da despesa que o IPO de Lisboa faz. No ano passado, [o instituto] gastou cerca de 120 milhões de euros, e, desse valor, 40 milhões foram para medicamentos”, disse.
As declarações do responsável foram proferidas no final de uma visita ao serviço farmacêutico do IPO de Lisboa, em que acompanhou a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, e representantes de todos os grupos parlamentares.
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