Uma empresa que atua na área da biotecnologia tem intenções de lançar um projeto de terapia celular que mostrou eficácia contra a rejeição de transplantes, depois de ensaios clínicos efetuados em doentes com leucemia. Os pesquisadores procuram agora investidores para avançar com o projeto.
Quatro investigadores que fizeram o doutoramento pelo MIT Portugal anunciaram a sua intenção de lançar no mercado uma terapia celular que evita a rejeição em casos de transplantes, a qual já foi testada em doentes com leucemia para evitar a rejeição devido ao transplante de medula.
A Cell2B testou sete pacientes que tinham contraído a doença do “enxerto contra o hospedeiro”, depois de um transplante de medula óssea, que explicam, “pode ocorrer após transplante a cerca de 50% das pessoas, porque há rejeição do sistema imunitário do dador que é transplantado com as células – atacando uma grande amplitude de órgãos”, refere Francisco dos Santos.
Atualmente, em casos graves de rejeição, esta não consegue ser superada, mas a nova terapia da Cell2B permite “modelar o sistema imunitário de modo a que ele deixe de atacar o corpo do paciente”.
Os investigadores ressalvam que, dos sete doentes testados, apenas um acabou por falecer de ataque cardíaco e os outros “passaram a graus um e dois, podendo depois ser tratados com esteroides.”
Numa próxima fase, os responsáveis pelo procedimento têm intenção de avançar este ano com um ensaio com quase duas centenas de doentes, cujos primeiros resultados poderiam ser apurados em 2015, no entanto, falta investimento e os especialistas não conseguem avançar com o projeto.
Os responsáveis estimam que a técnica permitirá poupar entre 50 mil euros por doente ao Serviço Nacional de Saúde.
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