Publicado no Journal of Pediatrics, o trabalho reforça a importância da lavagem das mãos e outras medidas para ajudar a proteger pacientes vulneráveis de infeções por gripe.
Os investigadores verificaram que pacientes jovens com leucemia que foram vacinados contra a gripe eram tão propensos quanto os pacientes não vacinados a desenvolverem gripe, sugerindo que etapas adicionais são necessárias para proteger pessoas de alto risco.
O estudo retrospetivo analisou as taxas de infeção da gripe durante três estações sucessivas em 498 pacientes com leucemia aguda e concluiu que 354 pacientes que receberam vacinas contra a gripe, incluindo 98 que receberam doses de reforço, e 144 pacientes que não foram vacinados, tiveram taxas quase idênticas de gripe.
“Este é um dado preliminar. A vacina contra a gripe anual, cujos efeitos secundários são geralmente leves e de curta duração, ainda é recomendada para pacientes com leucemia aguda que estão a ser tratados para a doença”, disse a investigadora principal, Elisabeth Adderson; “no entanto, os resultados destacam a necessidade de pesquisas adicionais nesta área para proteger os pacientes por outros meios”.
A gripe e complicações relacionadas continuam a ser uma das principais causas de morte e hospitalização nos Estados Unidos, sendo que crianças com doença crónica, ou sistema imunológico enfraquecido, correm maior risco de complicações do que crianças saudáveis.
Os investigadores deste estudo reviram registos médicos de pacientes do hospital que se encontravam em tratamento para leucemia aguda durante as estações de gripe; dos 498 pacientes estudados, 98 receberam uma dose de reforço, e esta vacina extra não foi associada a uma redução na gripe ou doença gripal. Além disso, a vacinação não atrasou o aparecimento de gripe confirmada ou doença gripal.
Os pacientes neste estudo receberam a vacina trivalente, projetada para proteger contra três estirpes de gripe preditas para estarem em ampla circulação durante uma determinada época. O tratamento de leucemia pediátrica geralmente demora vários anos e muitas vezes deixa os pacientes com respostas imunes temporariamente enfraquecidas.
Para os investigadores, esta combinação pode ajudar a explicar a eficácia reduzida da vacina; contudo, pesquisas adicionais são necessárias para determinar se um subconjunto de pacientes com leucemia pediátrica ou pacientes com tumores sólidos podem beneficiar com a vacinação.
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