Investigadores do Instituto de Medicina Molecular (iMM) de Lisboa sugerem que um subtipo de leucemia, que é frequente em crianças, é “viciado” numa proteína que estimula a sobrevivência das suas células.
A equipa liderada por Bruno Santos reforça que “uma subpopulação de linfócitos T, designada gama-delta, é muito dependente da proteína-cinase CK2 para a sua sobrevivência. E isto é verdade quer para as células normais, quer para as células malignas”.
O investigador indica que esta subpopulação de linfócitos T, um tipo de glóbulos brancos – pode levar ao desenvolvimento da leucemia linfoblástica aguda de linfócitos T (LLA-T), um tipo de leucemia infantil.
Os cientistas garantem que o subtipo em análise no estudo representa 10% dos casos de LLA-T.
A pesquisa publicada na revista Leukemia promoveu também o estudo do efeito “de um composto químico inibidor da proteína CK2 sobre a LLA-T do subtipo gama-delta” que revelou elevada eficácia no combate a estas células “num modelo animal pré-clínico”, indicou o autor, Sérgio Ribeiro.
O composto experimental CX-4945, testado nesta pesquisa financiada pelo European Research Council da Comissão Europeia e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, já tem vindo a ser utilizado em diferentes ensaios clínicos noutros tipos de cancro.
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