Investigadores distinguidos pelas suas contribuições na área da imunoterapia em oncologia pediátrica

Três cientistas da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, foram recentemente galardoados com o prémio Team Science da American Association for Cancer Research.

Os investigadores, Terry Fry, Lia Gore e Amanda Winters, fazem parte da St. Baldrick’s Foundation Stand Up To Cancer Pediatric Cancer Dream Team, um projeto que agrupa cerca de 200 cientistas que trabalham em 10 hospitais infantis líderes em programas de pesquisa com foco no cancro infantil e que ajudam no desenvolvimento de novas abordagens de imunoterapia para cancros infantis de alto risco.

Até agora, os esforços deste projeto resultaram em 319 artigos publicados, 44 pedidos de patentes, 118 milhões de dólares (cerca de 99 milhões de euros) em subsídios, a criação de uma nova rede de ensaios clínicos pediátricos e o tratamento de mais de 1 113 crianças durante a fase inicial testes clínicos.

“Tive o privilégio de ser um membro do Stand Up To Cancer Pediatric Cancer Dream Team desde a sua formação e estou muito satisfeito com tudo aquilo que já fomos capazes de alcançar”, disse Terry Fry, especialista em terapia com células T CAR, um processo pelo qual as células imunitárias de um paciente com cancro são extraídas, geneticamente modificadas e estimuladas para reconhecer tumores e combater o cancro quando reinfundidas no corpo do paciente.

Enquanto grupo, o Stand Up To Cancer Pediatric Cancer Dream Team foi capaz de garantir a utilização de terapias baseadas no sistema imunitário em crianças com cancro.

“Estou muito orgulhoso dos esforços que este grupo desenvolveu”, disse o investigador.

Já o trabalho de Amanda Winters foca-se na leucemia mieloide aguda pediátrica, um tipo de cancro; a investigação levada a cabo pela cientista pretende encontrar uma forma de detetar e atacar uma doença que persiste após a terapia.

Usando uma tecnologia denominada de PCR digital, Amanda Winters acredita vir a ser capaz de detetar mutações genéticas específicas de leucemia mieloide aguda.

“Se tudo correr bem, seremos capazes de identificar uma única célula leucémica entre mil a 10 mil células saudáveis”.

A investigadora também está focada na identificação de células leucemia mieloide aguda pediátricas que são resistentes à terapia por meio de tecnologias de análise de célula única, a fim de projetar terapias direcionadas, incluindo imunoterapias, contra essas células.

“Fazer parte desta equipa permitiu-me ter mais conhecimento, conhecimento esse que ganhei através do desenvolvimento de trabalhos com cientistas inteligentes e bem-sucedidos. Aprendia ainda que a colaboração é a chave para o sucesso”, disse Amanda Winters.

Também Lia Gore fez questão de destacar a importância da colaboração entre cientistas para a obtenção de resultados mais promissores na luta contra o cancro infantil, afirmando que “quando temos um grupo de pessoas dedicadas apenas ao desenvolvimento de melhores terapias para crianças com cancro, somos capazes de realizar muito mais do que qualquer um de nós sozinho”.

A investigadora foi a autora de um artigo que descreveu o primeiro uso de uma estratégia de envolvimento de células T bi-específicas para tratar a forma mais comum de leucemia linfoblástica aguda infantil.

Para além disso, Ali Gore também tem vindo a liderar projetos que visam o desenvolvimento dessa estratégia no Children’s Oncology Group. Mais recentemente, a cientista também orientou o desenvolvimento do uso de dois outros anticorpos para leucemia e linfomas em diferentes tipo de cancro infantil.

Fonte: News Medical

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