Médicos e investigadores do Hospital de Amor de Barretos, em São Paulo, no Brasil, desenvolveram um teste genético que deteta de forma mais eficaz o sarcoma, um tipo de cancro raro e agressivo que afeta os tecidos moles do corpo, como músculos, gordura, vasos sanguíneos e tecidos conjuntivos, e que ocorre em idade pediátrica.
Criado em colaboração com cientistas holandeses, o método é capaz de identificar diversas alterações que o sarcoma provoca no organismo.
“[Esse teste identifica] quais as alterações moleculares, do ponto de vista de alterações de cromossomas, alterações de ADN e de RNA. E isso consegue definir melhor como esse tumor se vai comportar”, explica o médico patologista Gustavo Ramos Teixeira.
O diagnóstico deste tipo de cancro normalmente é desafiante, já que os sintomas são variados e, muitas vezes, imprecisos. Por isso, o teste de sarcoma feito a partir de uma amostra de material genético permite, assim, tratar tumores de forma mais rápida e menos desconfortável para os pacientes.
Adicionalmente, assegura que os médicos identifiquem mutações específicas presentes num determinado tumor, permitindo um tratamento personalizado.
O teste em causa está associado a um banco de dados com 170 amostras de referência. A tecnologia possibilita também que os médicos avaliem mais de 20 tipos histológicos diferentes. Desta forma, é possível detetar uma ampla gama de fusões genéticas num único ensaio, o que torna o diagnóstico mais preciso, rápido e eficiente.
Segundo explicaram os investigadores, o teste é realizado com recurso a uma única amostra do paciente, o que reduz o tempo e o custo do diagnóstico. O que antes era feito em dez dias, agora pode ser realizado em 24h e com menos desconforto para o doente.
Fonte: G1
