Para além de um diagnóstico de cancro infantil, o pior pesadelo de um progenitor é ser informado que não existem mais opções de tratamento contra o cancro do seu filho.
Mas agora, uma investigadora do Robert Stempel College of Public Health & Social Work, nos Estados Unidos, está a trabalhar arduamente para mudar isso.
Diana Azzam recebeu uma doação no valor de 700 mil dólares (cerca de 635 mil euros), por parte da Live Like Bella Pediatric Cancer Research Initiative, para identificar medicamentos, já existentes, que possam salvar a vida a crianças diagnosticadas com cancro.
Mesmo com um número ainda limitado de participantes envolvidos neste estudo de 4 anos, os resultados já se mostraram promissores.
Os pacientes são recrutados pelo Nicklaus Children’s Hospital e as suas células tumorais são enviadas para o laboratório de Diana, onde esta começa a analisar a interação entre essas mesmas células tumorais e medicamentos aprovados pelo regulador de saúde norte-americano (FDA), alguns destinados ao tratamento do cancro e outros não.
Quando um medicamento é identificado como eficaz na destruição das células de uma amostra, a investigadora relata a correspondência ao médico daquele paciente em particular.
Atualmente, os pacientes oncológicos pediátricos geralmente passam por uma ou mais rondas de quimioterapia convencional e / ou radioterapia. Nas crianças cujos cancros são resistentes aos tratamentos, a abordagem personalizada de Dianna Azzam – chamada medicina funcional de precisão – pode ser a resposta.
Idealmente, este método será usado como primeiro recurso, evitando assim o desperdício de tempo em terapias que não são uteis.
“Precisamos de trabalhar juntos: médicos, investigadores e oncologistas. Só assim conseguiremos encontrar uma forma de identificar os medicamentos que funcionam para pacientes em específico”, disse a investigadora.
Fonte: FIU News