Investigador alerta para uso crescente de cobaias personalizadas para tratar o cancro

O investigador norte-americano Edward Sausville alerta que o recurso a cobaias personalizadas em laboratório, para testar novos medicamentos contra o cancro, tem vindo a aumentar significativamente, mas sublinha que a técnica, além de dispendiosa, não está devidamente assegurada sobre os benefícios que acarreta para o doente.
O especialista da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, explica que o uso crescente de animais de laboratório que contenham exatamente o mesmo tumor que o paciente tem sido notável, sobretudo pelo facto de este método evitar a exposição do próprio paciente às toxinas.
Para Edward Sausville, apesar das vantagens imediatas, no que diz respeito às toxinas, o investigador considera ser “um ato de fé dizer que estas experiências são procedimentos superiores”, e lembra que não existem estudos suficientes que comprovem que a adoção deste método se traduz numa cura efetiva do doente.
Apesar das questões que o próprio coloca, Edward Sausville recorda o caso de Michael Feeney um menino de 9 anos diagnosticado com um sarcoma (tipo de cancro que afeta os tecidos moles) em 2009. A família da criança pagou mais de 25 mil dólares pelas cobaias e pelos exames que concluíram que uma combinação de quatro fármacos (gemcitabina, docetaxel, Avastin e Afinitor), pouco utilizada, revelou resultados muito positivos na diminuição do cancro nos testes com os animais. 
Michael ainda não tentou a combinação porque integra atualmente um ensaio clínico com um medicamento experimental, mas a mãe da criança já anunciou que se o ensaio não for efetivo, será testada a combinação dos quatro medicamentos.
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