Investigação vencedora do “Prémio Faz Ciência 2022” quer abrir portas a novos tratamentos para tumor cerebral mais comum nas crianças

O meduloblastoma é um dos tumores cerebrais malignos mais comuns nas crianças e é sobre ele que incide o projeto de investigação que venceu a edição de 2022 do “Prémio Faz Ciência”, uma iniciativa da Fundação AstraZeneca e da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO), que distingue projetos de investigação nacionais na área da Oncologia. Um estudo que será realizado por Adriana Sánchez-Danés, Patrícia Borges e Raquel Soares, especialistas da Fundação Champalimaud, que conquistam uma bolsa no valor de 35 mil euros.

O trabalho, a que as investigadoras deram o nome de BALANCE, tem como objetivo “descobrir até que ponto o cérebro em desenvolvimento é plástico e capaz de compensar as perturbações causadas pela formação de um tumor, mantendo o seu desenvolvimento e a função normais”.

E, segundo as especialistas nele envolvidas, irá “fornecer os primeiros insights sobre os mecanismos compensatórios usados pelo cérebro em crescimento para garantir um correto desenvolvimento”, limitando os efeitos do tumor. Mecanismos que “podem levar ao encolhimento do tumor, abrindo caminhos promissores para o desenvolvimento de novos tratamentos para doentes pediátricos”.

Ao todo, foram submetidos vinte e seis projetos, sendo a edição com maior número de candidaturas ao Prémio, facto que traduz a qualidade da investigação feita em Portugal, mas “que é preciso apoiar e promover, uma vez que se pode traduzir em passos muito importantes na luta contra o cancro”, confirma Ana Raimundo, presidente do júri do Prémio.

Maria do Céu Machado, que inicia o seu trabalho enquanto presidente da Fundação AstraZeneca, reforça a importância deste tipo de investigação, sobretudo numa área como a da oncologia, onde têm sido grandes os avanços ao nível da prevenção, diagnóstico e tratamento do cancro.

“Projetos de investigação como este podem vir a ter um impacto importante na prática clínica. E é importante também reconhecer que, em Portugal, se faz – e se pode fazer ainda mais – investigação de qualidade”, conclui.

Fonte: Guess What (press release)

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