Um estudo dinamarquês sublinha que os profissionais de saúde dos cuidados primários desempenham um papel importante no reconhecimento dos sinais iniciais de cancro de infância, pois a sua interpretação dos sintomas nas consultas assume um profundo impacto no processo de diagnóstico.
O diagnóstico precoce do cancro infantil fornece esperança para um melhor prognóstico, no entanto, é fundamental que as crianças sejam observadas em curtos intervalos de tempo nos cuidados primários e que os médicos que exercem funções nestas áreas estejam perfeitamente familiarizados com os sintomas, para que os possam interpretar corretamente e encaminhar as crianças para outros especialistas num curto espaço de tempo.
A pesquisa dinamarquesa avaliou dados de base populacional em todo o país. Ao todo, foram estudados dados de 550 crianças com idade inferior a 15 anos, que tinham sido diagnosticadas com cancro entre janeiro de 2007 e dezembro de 2010.
Os sintomas interpretados pelos médicos dos cuidados primários como assumindo uma associação “leve” ao cancro abrangiam 25,4 % dos casos, em 50 % dos casos os sintomas iniciais foram considerados “graves” e em 19 % das crianças “alarmantes'”.
A interpretação dos sintomas variou por tipo de cancro. Os vómitos foram frequentemente associados num intervalo de tempo menor a tumores do sistema nervoso central (SNC) e a dor em intervalos mais espaçados à leucemia (tumor que afeta o sangue).
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