O departamento de imunoterapia do Instituto de Cancro Roswell Park (RPCI na sigla em inglês), nos Estados Unidos, lançou um ensaio clínico de fase I de uma vacina de células dendríticas, projetada para eliminar as células do cancro e impedir a reincidência da doença.
Desenvolvida no RPCI, a vacina NY-ESO-1 de células dendríticas será fabricada através de um processo único aprovado pela entidade reguladora dos medicamentos nos Estados Unidos (FDA). Esse método inovador permite que o RPCI seja a primeira unidade de pesquisa norte-americana a recorrer a um isolador de barreira para produção de vacinas de células.
As células dendríticas são os guardiões do sistema imunológico humano, defendendo o organismo contra os invasores, como bactérias, vírus e células tumorais.
Esta será a primeira vacina no mundo a incorporar uma forma particular de 1-NY-ESO, a antiDEC205-NY-ESO-1. Essa proteína especializada ajuda as células tratadas a devolverem ao organismo do paciente a capacidade de destruir as células tumorais.
O novo estudo é também o primeiro a testar uma vacina dendrítica administrada em combinação com a rapamicina, um composto usado para evitar a rejeição de transplantes de órgãos sólidos.
A pesquisa surge após uma recente descoberta científica do Departamento de Imunologia do RPCI, que verificou que, em doses baixas, a rapamicina confere um benefício até então desconhecido ao organismo, atribuindo-lhe a capacidade de produzir células do sistema imunológico com memória que podem ser “treinadas” para viver durante mais tempo e programadas para assumirem as células tumorais como inimigos a abater.
A capacidade demonstrada pela vacina de aumentar o ataque às células tumorais por um período de tempo maior sugere, de igual modo, que esta pode ser eficaz na prevenção da recorrência da doença.
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