Infeções em crianças com cancro podem ser reduzidas por “melhores práticas”

O número de infeções sanguíneas sofridas por crianças hospitalizadas com cancro pode ser substancialmente reduzido se a equipa de profissionais que lida diariamente com estes doentes adotar “melhores práticas”.
As crianças que recebem tratamento oncológico são mais propensas a infeções invasivas devido à sua imunidade enfraquecida e pelo facto de as enfermarias onde se encontram serem diariamente frequentadas por muitos profissionais ou familiares, “o que representa um risco para a infeção”.
Michael Rinke, da Escola de Medicina Johns Hopkins, nos Estados Unidos, instituiu naquela unidade hospitalar, numa colaboração com a Associação do Hospital Infantil (CHA), novas diretrizes, a fim de diminuir o número destas infeções e promover melhores práticas, sobretudo nas alas de pediatria. 
O regulamento contém componentes projetados para orientar os funcionários com métodos mais assépticos que permitam diminuir o risco de infeção, incluindo uma avaliação diária da necessidade de aceder à enfermaria, cuidados na roupa utilizada, recurso a uma técnica rigorosa para inserção dos cateteres e bons conhecimentos sobre como devem ser feitos os curativos para minimizar o risco de infeção.
Para avaliar a eficácia das novas medidas, a equipa recolheu dados sobre o número de infeções pediátricas registadas na ala de oncologia nos 10 meses antes e nos 24 meses depois destas terem sido implementadas.
Um artigo publicado na revista Pediatrics explica que o número de infeções foi reduzido de 2,25% para 1,79% nos primeiros 10 mese, e que, 12 meses depois, esse mesmo número caiu ainda mais, para 0,81%.
“A mudança real requer esforço sustentado e firme dia após dia, mês após mês e ano após ano”, comentam os autores.
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