Indução de células ao estágio embrionário recria progressão de leucemia em laboratório

Através de um procedimento designado por células-tronco pluripotentes induzidas (iPS, na sigla em inglês), cientistas norte-americanos conseguiram testar em laboratório a regressão das células até ao seu estágio embrionário. A pesquisa tinha por objectivo observar o modo como as células do sangue dão origem à leucemia.
Os investigadores da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, idealizaram um modelo que permitiu reprogramar as células sanguíneas de um doente com leucemia mielóide crónica, induzindo-as a regredir até ao seu estágio embrionário.
Utilizando o modelo de iPs, foi possível induzir as células adultas doentes a regressarem ao seu estágio inicial, dotando-as da capacidade de se transformarem em células de qualquer tipo de tecido, segundo descreve o artigo publicado na revista científica “Blood”.
Os especialistas sublinham as vantagens desta técnica que possibilita um estudo mais aprofundado sobre o desenvolvimento deste tipo de leucemia e ressalvam o sucesso da descoberta que permitiu a reprogramação das células induzidas, obtidas a partir de células da medula óssea e do cordão umbilical.
O líder do estudo, financiado em parceria pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês), agência federal de pesquisa médica nos Estados Unidos e pela Fundação Charlotte Geyer, explica que quando atingido o estágio embrionário, as iPs mantinham as mesmas alterações genéticas das células cancerígenas adultas, factor que permitiu a sua produção em laboratório dando a possibilidade de acompanhar ao pormenor a evolução da doença. 
Numa próxima fase, os investigadores esperam conseguir identificar, seleccionar e bloquear genes que assumam um papel fundamental na origem da leucemia, a fim de criarem novas formas de tratamento.
Este artigo foi úlil para si?
SimNão

Deixe um comentário

Newsletter