Mais de 90% dos tumores da cabeça e pescoço ocorrem em pessoas acima dos 40 anos, mas a sua incidência da doença nos grupos etários mais jovens está a aumentar. O diagnóstico precoce é muito importante para garantir o seu tratamento eficaz.
“Os médicos otorrinolaringologistas têm um papel fundamental na deteção destes tumores numa fase inicial. É preciso estar atento aos sinais de alerta, como o aparecimento de um caroço no pescoço, alterações na voz como a rouquidão, dificuldade ou dor ao engolir, aparecimento de sangue na saliva ou na boca, uma dor persistente num ouvido, ou alterações na pele da face ou do pescoço”, explica José Saraiva, coordenador da Unidade de Otorrinolaringologia do Hospitalcuf Descobertas.
O médico acrescenta que “os principais fatores de risco dos tumores da cabeça e pescoço são o tabaco e o álcool (associados aos tumores da cavidade oral, faringe e laringe), bem como a infeção pelo papiloma vírus (HPV), a exposição solar excessiva, e a exposição a certos produtos industriais.”
José Saraiva salienta ainda que as dietas pobres em vegetais e frutas e a má higiene oral surgem também “frequentemente associadas a um aumento do risco de desenvolver tumores da cavidade oral e faringe.”
“O despiste destes tumores pode ser feito através de uma cuidadosa história clínica, da observação direta de toda a zona suspeita, recorrendo a uma endoscopia das várias regiões durante a consulta, ou realizando exames laboratoriais e imagiológicos. O êxito do tratamento dos tumores da cabeça e pescoço depende muito do diagnóstico precoce”, conclui o médico.
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