Crianças e adolescentes que se submetem a exames de tomografia enfrentam um maior risco de sofrer de cancro na vida adulta, segundo os dados recentes de um estudo realizado na Universidade de Melbourne, na Austrália, com mais de 600 mil pacientes.
A pesquisa concluiu sobre um pequeno aumento do risco de sofrer cancro nesta faixa etária, 10 anos após uma tomografia computadorizada; no entanto, o líder do estudo, John Mathews, sublinha que, no imediato, os benefícios deste exame no diagnóstico e acompanhamento de outras doenças em órgãos internos superam o risco reduzido de cancro no futuro.
As conclusões mostram que para cada 10 mil crianças e jovens submetidos a uma tomografia computacional haverá um aumento de seis casos, além da média atual de 39 casos.
O risco de cancro aumenta com o número de tomografias computadorizadas realizadas e o perigo é superior nas crianças expostas ao exame numa idade mais jovem.
John Matthew sublinha que as “tomografias foram muito úteis no fornecimento detalhado de fotos tridimensionais para diagnosticar ou excluir a doença em órgãos internos e, na maioria dos casos, os benefícios de fazer este exame superam claramente o risco de um cancro mais tarde”.
Ainda assim, o líder do estudo esclarece, num artigo publicado no British Medical Journal, que estas novas descobertas podem servir para recordar os médicos de que apenas se devem prescrever tomografias “quando há uma razão médica definitiva”, e insiste na necessidade de estes exames terem que “usar a menor dose possível de raios-X.”
O estudo da Universidade de Melbourne contou com a participação de oito pesquisadores de outros centros na Austrália e foi realizado em colaboração com uma equipa internacional da Universidade de Oxford e da Agência Internacional para Pesquisa sobre o Cancro, em Lyon, em França.
Este artigo foi úlil para si?
SimNão
Deixe um comentário
Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.