Pesquisadores do Centro Oncológico Dartmouth-Hitchcock Norris Cotton descobriram uma vulnerabilidade das células cancerígenas que as distingue da regeneração das células normais, o que pode ajudar a tratar crianças com um determinado tipo de leucemia (tipo de tumor que afeta o sangue).
Num estudo publicado na revista PNAS, os cientistas explicam que a pesquisa tinha como objetivo entender os principais caminhos que distinguem a forma como as células sanguíneas saudáveis e as células de leucemia crescem e se multiplicam.
O gene MLL1 surge envolvido em mutações encontradas com elevada frequência num tipo de leucemia infantil, cujos tratamentos com quimioterapia convencional são ineficazes.
Utilizando a engenharia genética, os pesquisadores geraram um modelo em laboratório para descobrir quais os genes que são regulados pelo MLL1 em células-tronco hematopoiéticas, as células que dão origem a todos os tipos de glóbulos brancos e vermelhos do sangue. No decorrer desses estudos, foi possível identificar propriedades únicas das células estaminais hematopoiéticas que podem ser exploradas para melhor tratar a leucemia que tem origem em mutações do MLL1.
“Descobrimos que muitos genes que dependem da proteína normal MLL1 estão envolvidos na manutenção de células estaminais hematopoiéticas, assim, esta via de manipulação pode ser uma forma de expandir as células da medula óssea normal ou de dadores de sangue do cordão umbilical para melhorar o transplante de um destes tipos de células, um procedimento usado para tratar certos tipos de cancro resistentes à quimioterapia “, disse Patricia Ernst, especialista do centro de Dartmouth.
Para além do tratamento da leucemia, o trabalho é relevante para a expansão do uso do sangue do cordão umbilical ou de células-tronco da medula óssea para transplante.
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