Cientistas do Centro Monell, nos Estados Unidos, identificaram a localização e certas características genéticas das células estaminais gustativas na boca. Os resultados facilitarão a criação de técnicas que permitam fazer crescer e manipular novas células gustativas funcionais, para fins clínicos e de pesquisa, com o objetivo de ajudar, por exemplo, pacientes oncológicos.
Doentes com cancro que perdem o gosto pela comida depois de sujeitos a tratamentos de radioterapia, nas zonas da cabeça e pescoço, “poderiam beneficiar da capacidade de ativar as células-tronco adultas gustativas”, disse um dos autores do estudo.
Estas células estão localizadas nas papilas gustativas que, por sua vez, se encontram em papilas, as protuberâncias visíveis na superfície da língua. Dois tipos de células gustativas contêm recetores químicos que identificam a perceção dos sabores doces, amargos, salgados e azedos, e um terceiro tipo parece servir como célula de apoio.
Uma característica notável das células sensoriais é que se regeneram com frequência. Os três tipos de células gustativas têm uma vida média de 10 a 16 dias. Como tal, as células gustativas novas têm de ser constantemente regeneradas para substituir as células que morrem, como consequência dos efeitos de alguns tratamentos.
O artigo, publicado na revista Stem Cells, explica que “a identificação destas células abre toda uma nova área para estudar a renovação celular das células gustativas.”
Estudos futuros irão concentrar-se em identificar os fatores que ajudam as células-tronco a diferenciar-se em diversos tipos de células gustativas, bem como explorar a melhor forma de cultivar essas células em laboratório, proporcionando assim uma fonte renovável de células recetoras do paladar.
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