Numa investigação publicada na revista Frontiers in Oncology, cientistas do Instituto de Ciências e Tecnologia da Áustria descobriram que uma proteína denominada MFSD1 pode ajudar a diminuir o número de metástases em doentes que sofrem com doença oncológica.
Durante o estudo, foi avaliado o papel da MFSD1 através do desenvolvimento de células cancerígenas de ratos sem a proteína. Os dados apurados mostraram que, sem esta proteína, as células deslocavam-se muito mais depressa, sugerindo que a MFSD1 impede as células de se moverem. A ausência da proteína estava associada a um aumento nas metástases.
Foram também realizados testes de stress nas células cancerígenas com e sem a proteína, tendo sido observado que, enquanto as células cancerígenas com MFSD1 morreram rapidamente sob o stress mecânico, as células sem a proteína permaneceram intactas.
Sem esta proteína, certas células tumorais poderiam mais facilmente entrar na corrente sanguínea e propagar-se para outras partes do corpo.
A investigação revelou que o stress mecânico é causado pela proteína MFSD1, afetando recetores específicos localizados na superfície da célula, chamado integrinas. Estas integrinas estão envolvidas na aderência das células a outras células e à matriz extracelular.
A célula produz estes recetores, transporta-os para a superfície celular e volta ao interior da célula. Se uma célula tumoral não possuir MFSD1, não consegue reciclar um determinado tipo de integrina. Como consequência, as células aderem menos ao tecido circundante e umas às outras, facilitando a sua migração.
O objetivo agora é descobrir um gene que codifica a proteína MFSD1, uma vez que este pode ajudar a classificar a agressividade do cancro e a decidir entre diferentes opções de tratamento.
Fonte: Science Daily