Wisconsin, nos Estados Unidos, descobriram uma nova forma de divisão
celular das células humanas, e acreditam que esta serve como um
mecanismo de reposição natural durante a divisão celular defeituosa,
impedindo que algumas células possam desenvolver-se dando origem ao
cancro.
A nova forma de divisão celular encontrada, que foi apelidada de clerocinese, pode ajudar a prevenir alguns tipos de cancro, travando o seu desenvolvimento. As descobertas surgiram por acaso, num estudo cujo principal objetivo assentava na produção de células humanas com um número de cromossomas superior. No entanto, de uma forma inesperada, os investigadores observaram uma nova forma de divisão celular.
A equipa procurou produzir em laboratório células com mais cromossomas, presentes em alguns tipos de cancro, a fim de imitar a formação do tumor, mas, contrariamente ao esperado, as células-filhas destas células anómalas procuraram tornar-se normais ao longo do tempo, gerando elas próprias células com um número normal de cromossomas.
Cada células apresentava dois núcleos, mas, para grande surpresa dos investigadores, a célula-mãe separou-se em duas células, sem passar por mitose, e cada uma das duas novas células herdou um núcleo intacto e um conjunto completo de cromossomas. A separação ocorreu, de forma imprevisível, durante uma fase de atraso de crescimento em vez de no final da mitose.
Com o tempo, os cientistas descobriram que apenas 90% das células filhas tinham recuperado o número normal de cromossomas e esperam agora aproveitar esta estatística a fim de conseguir que o mesmo seja observado em até 99% dos casos.
“Se pudéssemos empurrar a célula para este novo tipo de divisão, seria possível manter as células saudáveis, reduzindo assim a incidência de cancro”, sublinham os investigadores.
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