i3S desenvolve estudo que pode trazer maior proteção imunitária em casos de transplante de medula

O Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) desenvolveu um estudo que pode vir a traduzir-se num novo tratamento que fornecerá uma maior proteção imunitária a doentes pediátricos que necessitem de transplante da medula óssea.
Neste trabalho, os investigadores observaram os efeitos da remoção da testosterona no rejuvenescimento do timo, um órgão responsável pela criação e seleção de um grupo de glóbulos brancos.
O timo é o órgão onde os linfócitos T “são sujeitos a um treino e a um escrutínio tal que nos permite desenvolver defesas contra todos os agentes invasores e que garante que não se destrói nada que não seja estranho”, de acordo com um dos investigadores, Pedro Mendes; uma função deficiente dos linfócitos T pode resultar em doenças autoimunes ou imunodeficiências progressivas. 
Publicado no The Journal of Immunology, o estudo alerta que o timo é um dos primeiros órgãos que sofre os efeitos da idade, o que se traduz numa diminuição progressiva da produção de células T a partir dos dois anos de idade, fator que pode provocar uma maior fertilidade de doenças autoimunes e até situações de cancro e infeção.
A técnica de remover hormonas sexuais masculinas já é conhecida há algum tempo, mas foi através do trabalho da equipa liderada por Nuno Alves que se percebeu que o rejuvenescimento por remoção das hormonas sexuais masculinas não depende apenas do timo em si. A equipa de investigadores verificou que existe uma ligação entre a qualidade da medula óssea e a capacidade regenerativa do timo.
Segundo Pedro Mendes, esta descoberta pode abrir portas para novas abordagens terapêuticas para aumentar as defesas imunológicas de indivíduos mais jovens que estão a aguardar por um transplante de medula óssea.
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