O Hospital Universitário de St. Louis, nos Estados Unidos, tem em estudo um novo composto capaz de evitar a queda de cabelo durante a quimioterapia, que tem como principal foco de avaliação a sua aplicação em crianças com cancro.
Dee Anna Glaser, da área de dermatologia no Hospital Universitário de St. Louis, lembra que a queda de cabelo após as sessões de quimioterapia é das experiências mais traumatizantes para os doentes, sobretudo quando se trata de mulheres e crianças. Com o novo estudo, os especialistas esperam, no futuro, reduzir o sofrimento e minimizar os danos psicológicos provocados pela queda de cabelo nesta fase do tratamento.
A nova pesquisa avalia a utilização da substância activa bimatoprosta (comercializada sobre o nome de Lumigan para tratamento da pressão intra-ocular) a utilizar em crianças, para promover o crescimento das pestanas após a quimioterapia. O medicamento em causa foi aprovado para utilização nos adultos, nos Estados Unidos, em Março de 2011.
A especialista lembra que, nas crianças, a queda de cabelo assume um impacto muito negativo na sua auto-estima, sobretudo numa fase em que começam a formar a sua identidade. No caso das raparigas, a queda de cabelo pode gerar efeitos psicológicos devastadores, dado que este simboliza um ponto importante na identidade feminina.
Dee Anna Glaser sublinha que a intenção do estudo é perceber se a substância é efectiva em criança ou se, por outro lado, não trará qualquer benefício. O estudo já está em marcha desde Novembro de 2010 e agrega ainda pacientes de outros hospitais norte-americanos. A pesquisa vai avaliar 30 pacientes divididos por grupos que contemplem as faixas etárias entre os 11 e os 17 anos.
A investigação deverá estar concluída no espaço de 10 a 12 meses.
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