Depois de na semana passada ter sido denunciada a falta de condições na ala de pediatria do Hospital de São João, no Porto, o bastonário da Ordem dos Médicos veio alertar que, apesar das condições, esta é a única unidade hospitalar no Norte capaz de garantir os tratamentos às crianças durante as obras para a nova ala pediátrica.
A reação de Miguel Guimarães surge depois de Adalberto Campos Fernandes, ministro da Saúde, ter vindo questionar se as crianças seguidas na ala pediátrica do Hospital de São João poderiam ser tratadas noutras unidades hospitalares, nomeadamente no Instituto Português Oncologia (IPO) do Porto.
“As crianças que tiverem de ser transferidas, eventualmente, por circunstâncias especiais, em que possam ter melhor tratamento no IPO do Porto, com certeza que a direção do Hospital de São João o fará, mas eu lembro que o Hospital de São João tem as competências e as capacidades necessárias para tratar a maior parte das crianças”, disse o bastonário, após uma visita às instalações.
Segundo Miguel Guimarães, o IPO do Porto “não tem condições para tratar crianças com tumores cerebrais”, sendo que estes tumores “são tratados apenas no Hospital de São João”, uma instituição que é uma referência no Norte do país em várias áreas da Pediatria.
O bastonário lembrou ainda que há “valências especificas” no Hospital de São João, como a Neurocirurgia, Ortopedia Pediátrica ou Cardiologia Pediátrica, que não existem no IPO do Porto.
As obras para a criação de uma nova ala pediátrica deverão estar concluídas, segundo o ministro da Saúde, daqui a cerca de dois anos; mas Miguel Guimarães acredita que poderá ser necessária a construção de mais instalações provisórias para a Pediatria no Hospital de São João do Porto durante estas obras para a nova ala pediátrica, até porque as atuais já passaram o “prazo de validade”.
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