Uma instituição em São Paulo, a primeira de dez a ser inaugurada no Brasil, trata crianças em estado terminal através de cuidados paliativos.
Também denominado de “hospice”, este é um local focado em proporcionar conforto aos pacientes e familiares nos momentos finais, quando todas as hipóteses de cura foram esgotadas, através de tratamentos paliativos, que vão desde o alívio da dor ao apoio emocional, proporcionados por uma equipa multidisciplinar.
Atualmente, existem dez “hospices” no Brasil, mas o Hospice Francesco Leonardo Beira, foi o primeiro a ser inaugurado no país, em 2013. O local, dizem, faz lembrar uma cidade do interior do Brasil, com plantas, lagos e tartarugas. Para além de todo o carinho dado pela equipa médica da Associação para Crianças e Adolescentes com Cancro, responsável pelo espaço, as crianças são também mimadas com, por exemplo, hidromassagens.
Desde que foi inaugurado, o hospice já teve cerca de 30 pacientes em internamento, mas todos os dias o serviço de ambulatório recebe entre 50 a 60 pacientes.
Apesar da resistência inicial, pela carga emotiva a que muitos pais associam o espaço, os responsáveis dizem que essa resistência é desconstruída logo na primeira visita.
O atendimento no Hospice Francesco Leonardo Beira é gratuito e tem capacidade para atender três pacientes por vez. São três quartos com suíte e todo o conforto para uma família inteira; as visitas não têm hora marcada e até é possível fazer festas de aniversário. A área de lazer para crianças é repleta de brinquedos e de jogos.
Todas as despesas mensais são pagas pelas doações que o hospice recebe, que foi chamado de Francesco Leonardo Beira em homenagem ao filho do primeiro doador, que morreu aos 11 anos, após uma luta de nove anos contra um tumor no cérebro.
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