Homens que sobrevivem ao cancro podem gerar crianças com defeitos congénitos

Os homens que sobreviveram a um cancro têm um risco ligeiramente superior de vir a gerar filhos com problemas congénitos, como fenda palatina, de acordo com uma nova pesquisa elaborada na Suécia.

Os resultados da pesquisa, publicados no Journal of the National Cancer Institute, indicam que, apesar de o risco existir, este não é elevado, pelo que permite tranquilizar os homens que tenham sobrevivido a um cancro e que necessitem de recorrer a uma técnica de reprodução assistida, por exemplo.

Os investigadores do Hospital Universitário Skane, na Suécia, recordam que os resultados comprovam, de facto, que a quimioterapia e a radiação podem danificar o ADN dos espermatozóides, embora o efeito seja geralmente temporário.

Os bebés de homens que sobreviveram a um cancro eram 17% mais propensos a ter uma anomalia congénita grave em comparação com os bebés de pais saudáveis. No entanto, o risco global foi muito baixo, dado que, em termos absolutos, verificou-se que apenas 3,7% cento dos filhos de sobrevivente de cancro tinham anomalias, em comparação com 3,2% entre filhos de homens sem historial da doença, independentemente do modo de concepção.

O risco mostrou ser maior entre os homens que tinham desenvolvido um tumor de pele, olhos ou sistema nervoso central. Os resultados preliminares indicam ainda que esta associação pode estar apenas relacionada com o diagnóstico de cancro por si só e não especificamente com os tratamentos de radioterapia e/ou quimioterapia.

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