Fertilização in vitro não aumenta risco de crianças serem diagnosticadas com cancro

As crianças nascidas como resultado de um tratamento de fertilidade não têm apresentam maior probabilidade de desenvolver cancro do que as crianças concebidas naturalmente, de acordo com uma nova investigação realizada na Holanda.

Os resultados, apresentados durante a reunião da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia 2021, não mostraram quaisquer diferenças no risco de crianças concebidas por fertilização in vitro serem diagnosticadas com cancro, em comparação com crianças concebidas naturalmente por mulheres com problemas de fertilidade e com crianças concebidas naturalmente por mães sem problemas de fertilidade.

A principal autora da investigação, Mandy Spaan, da Universidade de Amesterdão e do Instituto do Cancro da Holanda, descreveu as descobertas como sendo “bastante tranquilizadoras, especialmente para crianças concebidas por fertilização in vitro“.

A equipa de investigadores analisou cerca de 100 mil crianças cujas mães haviam recorrido a tratamentos de fertilização in vitro na Holanda, entre 1983 e 2012.

Aproximadamente metade das crianças nasceu como resultado de fertilização in vitro; a outra metade foi concebida in vivo, com ou sem estimulação ovariana.

No total, as crianças foram acompanhadas durante uma média de 17 anos.

Crianças nascidas através de fertilização in vitro não apresentaram uma maior probabilidade de desenvolver cancro quando comparadas a crianças concebidas naturalmente por mulheres com problemas de fertilidade.

Os resultados foram semelhantes quando essas mesmas crianças foram comparadas com crianças concebidas naturalmente por mães sem problemas de fertilidade.

Nos participantes que foram acompanhados até a idade adulta também não foram observadas quaisquer diferenças na prevalência de cancro.

Fonte: Bio News

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