Fármaco para tratar esquizofrenia pode ser hipótese no combate ao cancro

Um medicamento antipsicótico usado para tratar a esquizofrenia pode ajudar a tratar o cancro, atuando diretamente sobre as células-tronco cancerígenas, ajudando-as a diferenciar-se em tipos celulares menos agressivos.

Num estudo publicado na revista Cell Press, os investigadores da Universidade McMaster, no Canadá, explicam ter analisado centenas de compostos, a fim de identificar alguns que inibissem seletivamente as células estaminais humanas cancerígenas.

Os dados apurados permitiram a identificação de cerca de 20 potenciais medicamentos anticancerígenos que atuam diretamente sobre as células-tronco, sendo o mais promissor um fármaco antipsicótico, a tioridazina, utilizado no tratamento da esquizofrenia.

O fármaco não mata as células estaminais do cancro, mas estimula a sua diferenciação, a fim de evitar a possibilidade de uma auto-renovação das células.

Nos estudos utilizados, os pesquisadores mostraram que a tioridazina elimina as células-tronco de leucemia sem afetar as células-tronco de sangue saudáveis.

Perante os resultados, a equipa prepara agora um ensaio clínico com a tioridazina, em combinação com o padrão de fármacos já utilizados no tratamento da leucemia mieloide aguda.

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